quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

A alma do personagem

Muitos jogadores se sentem tentados a fazer personagens capazes de superar os maiores desafios e lutar contra os mais perigosos vilões, mas poder não é necessário o tempo todo. Pra que um herói de guerra enfrentaria aldeões bêbados com sua espada, se socos são o bastante? Por que um aventureiro tão gente boa mataria a mamãe javali, que atacou em defesa dos filhotes?


Um jogador de RPG ignora o bom senso no jogo pela segurança que tem sabendo que basta fazer outro se este morrer. Então como resolver esse tipo de situação? Bater no jogador com um pau pra cada pancada que o personagem levar? hehehe, melhor não.

Uma solução bacana seria convencer o jogador que Aventureiro é um ser vivo... como diria o Capitão Nascimento se fosse um cavaleiro em Forgotten Realms: Aventureiro também tem família e amigos. Aventureiro também tem medo de morrer. Tornar mais fortes os laços entre jogador e personagem certamente vai ajudar. Quando alguém se empenha na criação de alguma coisa ele se sente impelido a zelar por ela. Quando essa coisa é um personagem de RPG o jogador vai acabar se esforçando mais pra mantê-lo vivo. Pra isso decidi escrever esse artigo, ajudar as pessoas a melhorar o nível de sua interpretação e, de certa forma, ficar mais parecidas com seus personagens.


Pra começar, imagine o que aconteceu com seu Personagem desde o seu nascimento até a data do início da Campanha. Idealize um conceito e escreva a história dele, só então comece a se preocupar com números. Quanto dano seu personagem é capaz de causar ou quão habilidoso ele é com travas e fechaduras não são elementos importantes, tente criar algo coerente. Pense na pessoa por trás do personagem e em como ela vê o mundo. Crue seus sentimentos, opiniões, medos, manias, objetivos...

Será que ele conheceu os pais? Tem irmãos? Como foi sua educação? Entre que tipo de pessoas foi criado? Como eram seus amigos? Ele tem namorada, esposa ou filhos? Por que ele empunha uma arma e parte pelo mundo atrás de aventuras? Enfim, pense no personagem como algo além de um monte de números espalhados sobre uma folha de papel, use um pouco do seu bom senso na interpretação e até mesmo na criação do bicho... garanto que o jogo vai ficar bem mais bacana.

By Lucão

1 comentários:

Juan 2 de janeiro de 2010 às 08:00  

Concordo plenamente com você, Companheiro de blog Lucomics. Qualquer um pode fazer um guerreiro empunhando uma "larga de mercúrio" e inflingindo "altos" danos ou o famoso mago e sua "bola de fogo". Mas são poucos os que imbuem uma alma ao personagem. Aquele que ao ter seu nome pronunciado na mesa, todas já sabem quem é. E visto com respeito. =]

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