sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

O Combate no RPG

Em uma mesa de RPG (principalmente quando se trata de D&D), o combate é uma coisa muito valorizada pela maioria dos jogadores. Porém como saber dosar o uso do combate em suas campanhas? O combate é uma ferramenta para quando falham as idéias? O combate é um meio fundamental para o desenvolvimento do jogo?



Creio que todo narrador se pergunta "essa habilidade é muito poderosa para eles?", "que critatura devo usar?", "será que solto agora aquele vulto?", "devo despertar o dragão?". Essas perguntas são comuns, e apesar de variarem de acordo com o jogo, se mantém a mesma: o que fazer no combate?

O combate é um elemento presente no RPG, quer queria, quer não. Por mais que se possa elaborar campanhas políticas, com direito a grandes diálogos e momentos representativos, existirão momentos em que as palavras se acabarão e as mãos brandirão espadas. É algo natural do jogo, o jogador gastou tempo escolhendo seus poderes/habilidades/etc. Então ele vai querer usar o que tem, mesmo que por pouco tempo. A mesma coisa funciona para as criaturas, um dragão ancião que se vê dobrado pela fala do mago, jamais se curvará e aceitará que perdeu, seria mais fácil pra ele simplesmente abrir a boca e queimar todos com seu sopro de fogo.

Até aí tudo bem, todos entedemos que o combate também faz parte do jogo. Mas e agora? Como é que funciona isso? Os jogadores decidem bater em alguém e pronto, acabou? Não, e é nessas horas que o mestre deve estar atento. Antes de continuar, entendam que combates mal planejados resultam sempre em duas coisas: 1º Morte desnecessária dos jogadores. 2º Desânimo dos jogadores por parte da ação. Como assim?

Fácil, se um grupo de 1º Nível combate um bando de trolls, eles não terão a mínima chance. Eles tentarão de tudo, talvez até consigam vencer um ou outro, mas no fim estarão todos mortos. Com os jogadores morrendo a campanha vai pro espaço, eles até podem fazer outra ficha, mas certamente ficarão chateados pela morte dos personagens.

E o segundo caso? Ah sim, o desânimo. Suponhamos que um grupo de 5º nível enfrente goblins. A princípio será divertido, guerreiros usando trespassar e magos usando magias de efeito em área. Só que com o tempo isso se torna desgastante, os jogadores se verão em um lugar onde não há desafios a sua altura. Nesse ponto, mesmo que a linha de história esteja bem trabalhada, é possível que os jogadores a abandonem em busca de maiores perigos. A emoção é um elemento chance do RPG, sem emoção os jogadores se desconcentram e desanimam.

Mas então o que fazer?

Encontre um meio termo. Sim, use orcs ao invés de trolls. Você vai conseguir proporcionar um desafio aos jogadores sem destruí-los. No lugar dos goblins coloque bugbears, serão tão chatos quato os goblins, mas certamente mais complicados. Mas então você quer mesmo usar trolls? Mude-os! É, o livro é uma referência, só porque lá diz que os trolls causam, por exemplo, 2d6 de dano com um soco, não quer dizer que SEUS trolls não possam causar 1d6. Da mesa forma, vai que o SEUS goblins possam ter cinquenta pontos. Ninguém poderá dizer que você está errado, você é o mestre e lembre-se sempre disso. No seu mundo você manda. Evite claro ser muito abitrtário com seus jogadores, isso também pode fazer com que eles desanimem. Mas sempre que ver necessidade de impor a ordem pelo poder do mestre, o faça.

Viu então no que o combate se tornou? Uma ferramente extremamente maleável que se encaixa em vários pontos de sua história. Você já tem até goblins com cinquenta de vida! Agora, a única coisa que falta é entender quando se deve usar esse poderoso elemento que é o combate.

Bom, não existem regras para dizer quantos combates podem acontecer por sessão ou quantos devem. O que existe é o seu jogo com seus jogadores, e nele, cabe a você decidir quando um combate é bem vindo. A experiência diz que o excesso do combate torna o jogo cansativo, toda hora tem que sair contando números, conferindo regras. Do mesmo modo que jogar uma campanha inteira sem combate, torna todo o trabalho das planilhas de ataque inútil. Porém, se o excesso de combate diverte a você e seus jogadores, não há problema algum. O que vale é a diversão das pessoas envolvidas!

Concluindo (finalmente!) cabe a você mestre decidir como usar o combate, quando usá-lo e porque usá-lo! Que estas dicas tenham ajudado a todos e até a próxima com mais conselhos da Academia Orc!

Fui...

1 comentários:

Unknown 19 de dezembro de 2009 às 08:45  

Acho q varia de mesa pra mesa.

Ja joguei com maliko q se excitava só d pegar o D20 na mão, como já joguei em mesas onde as lutas são sempre o gran finale de uma trama bem elaborada, ou qdo. não houve possibilidade de uma saída inteligente pra situação (como assim D&D com 5 sessões sem uma lutinha sejer?! Na minha mesa é assim).

Por isso q o mestre deve conhecer bem seus players. Ver quais são suas expectativas de jogo, e perguntar ao final e uma aventura se estão gostando, o q teria q mudar...
Afinal, a diversão tem q ser tds!

PS: curti mt esse blog! Parabéns!

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