sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

A Regra de Ouro

Cá estou novamente, levantando mais uma discussão complicada entre os RPGistas: como seguir as regras? Sim, uma pergunta que parece simples, chega a ser tão complexa quanto a "explicação lógica" para o sopro do dragão.



Primeiramente vamos tentar entender o que são as regras e alguns "macetes".

As regras são um conjunto de normas que diferenciam o RPG de uma simples brincadeira, levando-o ao patamar de jogo e por fim se tornando uma atividade. Com as regras podemos estabelecer condições e limites que desenvolvem o jogo e facilitam o gosto pelo mesmo.

Bem, o D&D é um RPG abarrotado de regras, tabelas e tudo mais (até que nessa última versão, a 4.0 a coisa parece mais resumida, mas no geral é aquele monte de coisa mesmo), e lembrar tudo o que existe é pedir demais para um ser humano. Por mais que o Mestre seja sempre o "conhecedor das leis", nem ele consegue lembrar os números da tabela de CD pra teste de Blefar. E se ele souber os de Blefar, talvez não saiba os de Intimidação e por aí vai.

Até aí é simples... Ninguém guarda tudo e o mestre não é um computador. Como então usar as regras? Ficar abrindo o livro na sessão é um saco. O jeito então é guardar o que dar. "Mas cara, eu tenho trocentas magias com efeitos e testes de resistências que variam de acordo com a temperatura do local. Como posso memorizar isso?" Realmente, no caso dos conjuradores, a coisa complica mais, eles nunca dispensam um livro do lado para "vire-e-mexe" consultar uma magia ou outra. Por mais que façam anotações, apenas aqueles que extraem o conteúdo exato do texto em folhas à parte, conseguem se livrar do livro. "E eu? Eu não conjuro nada... Mas tenho um monte de habilidades raciais, habilidades de classe e talentos." Você meu amigo, pedimos gentilmente que anote o que não guardar e que consulte o livro apenas quando realmente necessário!

"Legal o que você escreveu... Mas e aí? Como seguir as regras? Não adianta nada eu anotar que eu posso trespassar um oponente na área de ameça se eu não sei o que é uma área de ameaça!"

Então. A maioria das regras são simples, apesar de serem muitas, metade delas você entende apenas lendo o livro. "Mas é que sabe como é... Esse monte de letra aí... Não curto muito essa idéia de ler essas coisas..." Então é melhor nem jogar RPG! Sim, não me levem a mal, mas o jogo de RPG exige isso. A leitura das regras básicas, é a melhor maneira de se entender o jogo. Você poupa o mestre de perder tempo explicando o "básicão" e ainda o permite se preocupar com as regras complicadas!

"Regras complicadas? Tá de sacanagem né? Pago uma fortuna nesses livros pra correr o risco de não entender?"

Pois é... As regras complicadas. Não só o D&D, mas qualquer outro sistema de RPG, possui regras obscuras que te deixam na dúvida. Algumas você consegue solucionar lendo certas partes do livro, outras não. "Que tenso... Que eu faço então?" Recorra a Regra de Ouro! Sim, a Regra de Ouro... Ela é a única Regra que, verdadeiramente, comanda o RPG.

Entenda que as regras são conjuntos de referências que "funcionam bem" umas com as outras. Porém, problemas podem surgir (o RPG é tão humano quanto você) e essa dita harmonia pode desaparecer. "Ô mestre, no capítulo 08 fala que a magia bola de fogo queima tudo que danifica. Mas no capítulo 09 fala que a única magia capaz de queimar algo é a chuva de fogo... Como fica isso?"

É... Como fica?

Recorremos a Regra de Ouro: aquilo que não funciona bem para o SEU jogo pode simplesmente ser mudado. "Como assim? É só mudar o que não encaixa?" Exatamente! Evitando claro, abusos... O mestre possui a final decisão sobre o uso dessa regra, mas creio que ela funciona melhor, quando combinada entres os membros da mesa. Desse modo evitamos que os personagens se prejudiquem demais ou se beneficiem em excesso.

"Mas espera aí? Joga o livro fora então... Pagamos caro nisso pra mudar o que está nele? Melhor não ter!"

Não é por aí. A Regra de Ouro é uma opção que resolve problemas. Jamais deve ser usada para criá-los! A Regra de Ouro é uma ferramente que o grupo de RPG tem para corrigir aquilo que passou despercebido pelo bom senso dos criadores ou pela tradução... Não há motivos de se mudar aquilo que já funciona corretamente.
Seria até burrice...

Para encerrar, o grupo é que é responsável pelo uso de suas regras. O RPG visa a diversão, então se todos estiverem de acordo que magias de ácido não derretam as coisas e magias de fogo não queimem. Tudo bem. O importante é se divertir!

Fui...

Davi (Orc) Bernardes

1 comentários:

Unknown 19 de dezembro de 2009 às 08:31  

Então... eu mestro D&D há 10 anos, e sempre fui PÉSSIMO em decorar regras.
Sempre me concentrei nas histórias. Verdade q tive muita sorte com meus jogadores.
Há 5 anos mestro uma avntura 3.5, e sou a pessoa q menos sabe das regras. Meus players sabem elas muito mais do q eu. Mas muitas regras fizemos e ficaram "as regras da casa".
Qdo. se trata de um grupo maduro, os próprios players já viraram pra mim e disseram: "é cara, analisando dessa forma, acho q meu personagem deve morrer" (mesmo com mt aperto no coração). Acho q tem q ser assim. Eles sabem q não podem ganhar sempre. Essa é a verdadeira diversão.

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