quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

O temido antijogo...

Um problema sério pra mestres e jogadores iniciantes (as vezes até pros experientes) é conseguir separar o que o personagem sabe do que o jogador sabe. É comum ver personagens agindo naturalmente diante de monstros esquisitos que habitam terras distantes. Também não é nada raro achar um personagem que até chama a criatura pelo nome... mas será q a informação era algo tão comum na época medieval?


É indiscutível que vivemos num mundo onde a informação "voa nas asas dos grifos". Chega a ser impossível não tomar conhecimento de alguma notícia, seja pela TV, rádio, imprensa escritoa ou internet. Coversando com meus pais e avós, descobri que a cerca de 60 anos atrás era raro encontrar um rádio na casa das pessoas, TV era quase impossível e a imprensa escrita ainda engatinhava... também li numa revista certa vez que a edição dominical do jornal americano The New York Times contém mais informações do que uma pessoa do século XVII receberia durante toda a sua vida!

Se era assim a 60 ou 400 anos atrás, imagina a 800 anos, durante a época dos cavaleiros... pra alguém que não fosse nobre descobrir coisas que ocorrem em terras distantes era quase impossível. Como um guerreiro plebeu de lvl2, que não tem graduações em conhecimento de natureza, saberia dizer a diferença entre um hobgoblin de um orc? Jogando no google? Lendo a Wikipedia? Certamente não seria ouvindo falar, já que existe um campo de conhecimento (exclusivo para bardos) que se baseia em "ouvir falar"...

A velocidade da informação aliada a máquinas que se movem mais rápido do que qualquer cavalo jamais correrá (leia-se carros) tornou o nosso mundo muito menor do que era na idade média. Considerando a influência da magia nos cenários de DeD podemos tornar a informação um pouco menos restrita, mas não chega aos pés do que acontece hoje. Em 2010 vamos assistir em tempo real aos jogos que acontecerão em outro continente. Nossos avós nem sonhariam com aldgo assim...

bom, já falei demais sobre a questão da informação, agora vou entrar na questão do antijogo.

Na aventura mais recente que o pessoal jogou, os personagens descobriram sobre um segredo guardado pela viúva de um nobre que havia sido assassinado. Não sabiamos ao certo do que se tratava, mas ficou claro que ela escondia algo sério em sua mansão. Quando a pressionamos contra a parede a mulher usou uma magia pra apagar nossa memória. Os personagens todos falharam (exceto o minotauro, que saiu dali logo que começamos a ser hostis, graças a ele pudemos voltar depois pra investigar melhor) e esqueceram tudo o que tinha acontecido. Até eu, jogador e mestre experiente, tive dificuldade pra separar os fatos que eu sabia dos que o meu personagem sabia, afinal, descobrimos a coisa toda juntos, mas só ele esqueceu...

Se foi difícil pra mim, imagina como teria sido pra um jogador novato. Eu já presenciei uma cena de antijogo tão brutal que tive que parar de narrar praquele grupo pra evitar uma morte... Eram 2 novatos, um deles era guerreiro e foi contratado pelo delegado da vila pra capturar o outro, q era ladino... num exemplo monstruoso de antijogo, o ladino ouviu os sons da aproximação do guerreiro e pulou numa moita. Apesar de todas as minhas tentativas de convencê-lo a aceitar que aquilo que ele tencionava fazer estava errado, ele esperou o pobre guerreiro passar e fulminou o coitado com um ataque furtivo incontestável até pra mim (o lazarento tirou 19 no dado, atacando com um sabre).

Um personagem matou o outro sem sequer trocar uma palavra com o sujeito... nem preciso falar que faltou pouco pra um jogador enfiar o lápis na orelha do outro cara né? O maldito antijogo destruíu a minha aventurea em menos de 10min, e quase detonou com a amizade dos carinhas lá. Concordo que isso foi um caso extremo de teimosia de um jogado iniciante (não que todos os iniciantes sejam teimosos, mas esse em específico era pior do que 20 mulas juntas), mas a sugestão da Lucomics que resta quanto a isso é o seguinte: O personagem é como uma outra pessoa. Ele não é você e na época dele não tem o mesmo acesso a informações que na sua, e finalmente, vocês não compartilham da mesma mente. Na verdade você empresta parte da sua criatividade pra construir a mente dele. Isso traduz a essência do RPG.

By Lucão

2 comentários:

Anônimo 16 de dezembro de 2009 às 12:10  

Cool! Anti-jogo é tenso...

Unknown 19 de dezembro de 2009 às 09:26  

Pois é... é realmente tenso.
Mas td se trata de experiencia mesmo.
Não tem jeito. E realmente pode aparecer a qq hr.

Mas eu recentemente fui mt "feliz" com um player meu. O persongem dele ia invadir um local por conta de uma informação falsa, mas o jogador sabia q ela era falsa por ouvir um diálogo externo. O q ele fez? Deu akela famosa risada "fudeu", olhou pra mim, e disse: "bom, to entrando..."

Acho q um novato jamais agiria assim... experiencia própria!

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