sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Saga? Não era Campanha?

Sagas! Sim... Por que só montar histórias onde tudo começa a acontecer do nada? Às vezes podemos elaborar "planos" que com o desenrolar do tempo se tornam verdadeiras profecias concretizadas...


A idéia de seguir uma saga parte do mesmo ponto de uma camapanha. No entanto ela exige uma preparação maior, que merece bastante atenção.

"Como assim, pow!? Faz a ficha e para de fala besteira... Só posso jogar hoje até meia-noite!"

Seguinte. Uma campanha começa quando se tem a idéia de aproveitar os personagens feitos em aventuras e histórias diferentes, quando se dá continuidade a um processo que começou pequeno e foi se desenvolvendo com o tempo. A campanha começa descompromissada, como se começasse por simples começar... Nada a impede de virar um épico das aventuras, mas isso, só o tempo dirá.

Daí vem a idéia de saga. O importante não é nome, chame-a de como quiser, o que importa é que a saga é uma campanha feita para ser épica...

"Ah... Já sei... Quem duvida que ele vem agora com aquele papo de escolhido?"

A idéia de elaborar uma saga depende da participação e colaboração mútua de mestre e jogador. Naquele momento onde se monta as fichas é como se estivessem escrevendo uma profecia. Não é necessário que tudo seja planejado, pois assim também perde a graça. Mas pode-se montar situações e outras coisas que com o tempo se revelarão... Uma idéia simples (tida como clichê, mas de profundidade inigualável) é a existência do Escolhido. Sim, uma pessoa (ou um grupo), destinados a algo, não se sabe quando (ou sabe...) nem como (será?).

Entenda que a saga seja uma campanha com um objetivo já lançado. Um objetivo de preferência nebuloso, que por mais que compartilhado pelos jogadores, esteja aos caprichos e poderes do mestre... Lembre de um seriado ou de um desenho onde o protagonista começa com uma idéia na cabeça, daí a medida que as temporadas vão passando ele vai aprendendo que existem mais coisas por trás daquilo que ele chamava de vida simples de aventuras...

"´Saquei... Tipo Cavaleiros do Zodíaco? No começo eles só queriam saber de ganhar um armadura de ouro, por fim eles enfrentavam deuses... Sinistro..."

Sim... A intensidade dos eventos varia conforme o grupo e o mestre, mas é um exemplo perfeito.

Mestre: uma maneira interessante de bolar um saga é sentar com seus jogadores enquanto preparam suas fichas e atiçar-lhes idéias que podem ser usadas. Deixe bem claro para eles que você quer personagens profundos, que possuem algo... Não é preciso lidar com um bando de escolhidos, pode-se ter também o filho raptado de um rei que não tem menor idéia disso. Pode-se ser o avatar de um deus que caiu em um pesado sono e espera um dia para despertar. Pode ser um dragão enfeitiçado que se tornou um humano beberrão... O importante é que sempre seja mantido um mistéiro e uma certeza de que há algo maior rolando.

O uso de NPCs enigmáticos, que agem como se os personagens soubessem do que eles dizem é ótimo para criar um clima...

Jogador: procure trabalhar mais em seus personagens, não falo só de personalidade e interpretação, mas também de desenvolvimento. Converse com o narrador sobre o destino que pretende realizar. Trate a vida de seu personagem com mais seriedade e lembre que pra você isso tudo é um jogo (e jamais se esqueça, por favor...), mas pra ele não.

Fui...

Davi (Orc) Bernardes

5 comentários:

Pedro Penido 22 de janeiro de 2010 às 17:35  

O problema é a falta de cenário desenvolvido. Para então desenvolver o resto. Coisa que seria sanada com cenários inteligentes, ricos e vastos. A Terra-Média é um deles. Mas ainda há preferência por falta de cenário e exacerbação de sistema.

Anônimo 22 de janeiro de 2010 às 17:53  

É... Realmente, e uma dificuldade que pode ser notada nas mesas é que quando o mestre simplesmente "começa um cenário para a aventura", os jogadores não se inclinam em usar os personagens para ilustrar o mundo.

Pedro Penido 22 de janeiro de 2010 às 17:56  

Eu acho que pro D&D 4th, principalmente, ainda faltam os cenários em português. Aih as histórias ainda ficam mto no ar, principalmente pra grupos que precisam d mundos q lhes dêem parâmetros.

Danielfo 22 de janeiro de 2010 às 20:48  

Para transformar sua campanha em uma saga é realmente necessário um cenário legal, jogar em um mundo que é feito "para ocasião" deixa os jogadores também muito soltos.

Se não estiver uma ambientação e precisar de uma própria é bom ter ao menos um mapinha, para deixar claro que o mundo é maior do que aquela dungeon onde os pcs estão.

Erick Patrick 23 de janeiro de 2010 às 00:32  

Concordo com o que o Danielfo disse… Ter um cenário enxuto, preciso, conciso e conhecido é necessário para poder criar essa saga!

@Pedro Penido: Cara, depende muito. Não precisa ser um cenário criado, creio eu que basta ser um cenário que você já conheça! Adaptar algo da 3.X para a 4e nem é difícil!

Bom, no mais, é isso! Abraços

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